quinta-feira, 15 de maio de 2008

Independência ou morte

Toda essa maresia
é apenas ferrugem
do caos

Nossos temores são inevitáveis
como a própria gravidade
a nos atar no solo

E nada explica essa vontade
de nao ser
nem as 3 leis de Newton
nem as 3 leis da robótica
nem a teoria do caos

Nada fará que no fim de tudo
os bons vençam os maus

Por isso que eu faço poesia
enquanto a noite cai
(me alivia,
anestezia)
ao encontro vazio
da vazia existência

Independência ou morte?
O estribilho do hino
é um refrão de bolero

Se você ainda acredita
em contos de fadas,
em revoluções armadas
em Jung, Freud e Marx
Se você ainda acredita
nas páginas de O Capital
e que o bem
pode ser bem
melhor que o mal,
você precisa saber
que Hitler não matou só judeus,
que os padres da inquisicão eram ateus
e que não foi Nietszche quem matou Deus

Independência ou morte?
Eu sei que você ainda acredita
na inspiração do artista,
na fé do ativista
vê tudo em sua ótica anarquista,
mas nem tudo são flores,
nem tudo é poesia

Independência ou morte?
O estribilho do hino
é um comercial de TV

Nenhum comentário: