segunda-feira, 26 de maio de 2008

À lua

Meu rosto ficará ruborizado
quando o céu desabar
e meu coração for soterrado,
então respirarei o ar

sem gosto do bom-senso
e calmo pedirei perdão
para o céu que se fará denso
a contaminar toda a razão,

que eu, poeta, já nao tenho
e, eterno, buscarei com empenho
atravessar a rua

mal sinalizada do destino
e quando soar o último sino
masturbar-me-ei à lua!

22.10.2001

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