sexta-feira, 16 de maio de 2008

De tudo o que me infesto

Há em cada um de nós, um gesto
que é mistura de tristeza e protesto
e é de tudo isso que eu me insfesto
ao sentir-me assim, quase que morto

Há em cada um de nós, marcas pelo corpo,
Resultantes da doença e do incesto
e é de tudo isso que eu me infesto
nessa mistura de tristeza e protesto.

Há em cada um de nós, restos de um grito
Resultado de um silêncio precipitado
e é de tudo isso que eu me infesto

E me canso, então, morto e derrotado
Nesse silêncio triste é que assisto,
eternamente, o aborto destronar o feto.

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