Devo dizer, antes de tudo,
que sou um poeta do asfalto,
embora nesse cinza inato,
onde primeiro balbuciei mudo.
Usarei cada humano morfema
para vencer todo o sinal fechado
pela indecisão desse apaixonado
e farei de cada pedra um poema.
Poema a você e a teus lábios
e a todo o asfalto que os sábios
da poesia um dia já pisaram
e tudo será um chão sem cores,
só asfalto calibrador de dores
nos corações que jamais amaram!
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