quarta-feira, 4 de junho de 2008

Teu corpo

Teu corpo é a grande cidade;
meu pesadelo a arquitetônico,
trás-me gotas de infelicidade
em teu veloz voou supersônico...

Dá-me nacos de imoralidade
num estado que lhe é lacônico
vejo em teus becos a crueldade
por meus olhos de daltônico...

Sobre tuas antenas parabólicas
vejo minha utópica sanidade
escorrendo por tuas enxurradas...

E abraçado por nauseas e cólicas,
vejo juntar-se à minha verdade
ao lixo jogado nas calçadas!

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